segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Perambulação

Ando por aí mesmo e
não me canso mais como antes.
Também não vejo os outros...
não sei, tudo ficou esquisito.

O vento passa por baixo e
o capim nasce no alto.
Sinhá Carminha,
nem liga e nem me chama,
chego a pegar a enxada,
mas não tem mais cabo...
olho as mãos, não vejo os calos, nem a escada.

Nunca subi pros quartos.
Quem encera lá, é a Bastiana,
que também passa o escovão.
Embaixo sou eu, faço tudo:
carrego, capino,
mato e limpo os bichos.
O Sinhô Altamir come e dorme.
Se ele mandar pegar um leitão,
nem sei o que vai ser,
nunca mais vi um solto.

Tudo é estranho,
já não conheço esse povo novo,
mas não arredo o pé daqui,
os meus vão voltar e aí, já tô aqui.
Vai ser uma reclamação só!














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