quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Canudos: Meribá do sertão

Canudos é Meribá do sertão,
flui seu aguaceiro,
oculto na pedra e
sacia o jagunceiro.

Não bato em pedra e
não ordeno quarentena
só segue quem quer seguir,
só ouve quem quer ouvir,

quem viveu, viu
a degola, a charqueada,
a baba e a raiva,
mataram, mas não morremu não.

A pedra de Meribá não saciou...só
afogou Canudos, mas não morremu não.
Eis aí, pra quem quer ver o Cocorobó,
desoculto da pedra, é só água sim.

Pensam que esquecemu,
mas não esquecemu não,
quem é jagunçu, ajagunçado é,
Canudos é Conselheiro sim.

Um comentário:

Alessandra disse...

Oi Beto, sensacional o blog, amei, e' isso ai, poe essa poesia para fora. Deus te abencoe.Um beijao.Ale