sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Pregar a paz entre os homens cansa !

O Crescente Fértil, é uma região assim conhecida desde a antiguidade, abrange limites que vão do estuário dos rios Eufrates e Tigre, até o delta do rio Nilo, passando pela Palestina, a terra de Canaã ou Terra Prometida. Sua história é repleta de cenas de guerras cruéis entre os caldeus, babilônios, hebreus, egípcios, sírios, romanos e gregos dos quais hoje, muitos são descendentes. Nessa mesma região onde manava mel e leite, também rios de sangue continuam a correr. As razões dessas carnificinas não se explicam tão-somente pelas questões de posse da terra ou de riquezas econômicas. A referência de Abraão é importante, para entender a gênese das três principais religiões do mundo: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. É dessa raíz que surge as diferenças que explicam toda a trajetória de bençãos e maldições dos árabes e judeus.
Se os hebreus foram o povo escolhido por Jeová, para serem o repositário das bençãos divinas, através dos descendentes de Isaac e Jacó, por outro lado, para seus irmãos Ismael e Esaú nada sobrou. Foram destinados a sair do guarda-sol dos privilégios espirituais. Houve desterro espiritual. Houve escolha arbitrária. Houve preferência. É disso que tratam as escrituras sagradas. É essa a marca inconsciente que os árabes carregam. São os filhos não-preferidos. Maomé, por volta de 6oo d.C surge para reparar essa rejeição.
A saga de Israel é marcada de vitórias, mas também de muitas perseguições e de extermínios em massa. Não devemos julgar, somente promover e intermediar a paz para aqueles povos, mesmo que o custo dessa paz traga muito cansaço. Não devemos desistir.

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